Dependência Química: O Que É E Como Tratar

para receber, acolher e tratar esses pacientes são imprescindíveis para que o tratamento seja realizado de acordo com as necessidades do dependente químico. Não existe uma alternativa única para tratar o transtorno, ela pode variar de acordo com o quadro clínico do paciente. Geralmente, o tratamento se inicia com a redução de dano, que é quando a pessoa não aceita ajuda inicial e então profissionais de saúde auxiliam com medidas para
De acordo com Oliveira et al. (2003), este achado é relevante por ir de encontro à visão de muitos profissionais de saúde e dependentes químicos, que consideram que quem tem um grau mais severo de dependência é mais difícil de ser tratado e possui um pior prognóstico. Tal percepção pode interferir na atuação desses profissionais e na motivação desses dependentes químicos na busca por tratamentos mais efetivos. Os resultados do estudo realizado por Oliveira et al. (2003) mostraram uma correlação positiva entre maior gravidade da dependência química e motivação para a mudança.
dependência química tem vontades que outra pessoa saudável não apresenta. Além disso, outro sintoma da dependência química vai fazer com que a pessoa use e abuse de uma droga até não ter mais controle sobre seu uso. A dependência química consiste no uso excessivo e desenfreado de substâncias que ameaçam a saúde e o bem-estar físico e mental de uma pessoa.
A farmacoterapia atua no tratamento da dependência química, complementando outras atividades que procuram melhorar os aspectos da vida dos pacientes. Os tratamentos farmacológicos têm por finalidade prevenir ou atenuar a síndrome de abstinência, diminuir a fissura e atuar no tratamento das comorbidades. O objetivo deste trabalho foi revisar o modo de atuação dos psicofármacos no tratamento das dependências, além de verificar sua relação com as principais classes de substâncias de abuso. Apesar de apresentarem bons resultados no tratamento da dependência de álcool, nicotina e opioides, importantes adições como maconha, cocaína e seus derivados ainda não possuem tratamentos farmacológicos com evidências positivas comprovadas que permitam sua utilização. Desse modo, são necessárias mais pesquisas para a busca de novos medicamentos que auxiliem o tratamento dessas dependências, além da participação ativa do paciente no processo. Este estudo teve como objetivo principal identificar o nível de motivação para o tratamento em dependentes químicos institucionalizados.
Suas motivações, anseios, sonhos, medos e frustrações são entendidas através da escuta. Assim, o profissional consegue fazer a orientação de formas mais adequadas de suprimento de suas necessidades emocionais. Ela é indicada para casos em que o indivíduo dependente não consegue lidar com a dependência e, de preferência, deve ser feita de modo voluntário. Todavia, às vezes o dependente está tão doente que se recusa a fazer o tratamento, podendo ser necessário interná-lo de modo compulsório. Essa decisão deve ser tomada em conjunto com especialistas, como o psiquiatra e o psicólogo. Nesta etapa, os sintomas de abstinência tendem a ser frequentes e o comportamento do dependente muda temporariamente.
Nesse momento, é importante que haja intervenção profissional no sentido de permitir aos pacientes que explorem suas escolhas e valores (Marlatt e Witkiewitz, 2009), tal como a técnica de entrevista motivacional proposta por Miller e Rollnick (2002). Criaram-se também redes de dispositivos comunitários, integrados ao meio cultural e articulados à rede assistencial em saúde mental e aos princípios de Reforma Psiquiátrica para dar suporte aos dependentes. Assim, a rede apoia-se em leitos psiquiátricos disponibilizados em Hospitais Gerais e em práticas de atenção comunitária (Brasil, 2004). Existem diferentes tipos de tratamento para dependentes químicos que sofrem com problemas físicos, psicológicos e sociais em decorrência do abuso de drogas. A compreensão dessas nuances é importante para o profissional desse campo escolher os tipos de tratamento para dependentes químicos com as intervenções mais específicas. Na prática, isso ajuda a implementar ações que reduzam os impactos das drogas sobre as relações sociais, familiares e profissionais.
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Assim, percebe-se um contraste entre as duas instituições, uma vez que o hospital psiquiátrico fornece um tratamento com base no modelo biomédico de saúde, priorizando o âmbito biológico do indivíduo. Por outro lado, as fazendas de recuperação apresentam uma concepção mais holística, numa perspectiva de contemplar o ser humano em sua totalidade. A partir dos resultados do presente estudo, pode-se inferir que esta forma mais humanizada de conceber o tratamento da dependência química favorece um nível mais elevado de motivação para a mudança. Para a maioria dos entrevistados do presente estudo, o abandono da droga aconteceu no momento da internação para o tratamento, mas alguns consideram que largar o vício é algo que procurarão fazer após o término do tratamento.
A pesquisa foi publicada em 2014 no periódico Journal of Psychopharmacology e acompanhou 75 dependentes que usaram a ibogaína, incluindo André. "Fiquei extremamente recaído, deprimido e entrei no fundo do poço. Os próximos 14, 15 anos foram os mais difíceis da minha vida, pela imersão nas drogas. Tudo aconteceu, fiquei muito tempo desempregado, acabou o dinheiro, estava bem mal", diz o economista. Nunca quis se desviar do caminho e, quando começou com as drogas, ainda tinha a consciência de parar. Sabia a hora de voltar para casa, dormir e acordar descansado para trabalhar no dia seguinte. "Comecei com a cocaína de maneira mais comedida, de fim de semana, até que chegou o momento em que vi que queria usar mais."
Ou seja, por experienciarem maiores prejuízos, tanto clínicos quanto psicossociais, os indivíduos com dependência química mais grave apresentavam maior prontidão para a mudança. Diante do exposto, este estudo teve como objetivo principal identificar o estágio de motivação para a mudança em usuários de álcool e crack institucionalizados. Além disso, procurou relacionar os estágios de motivação a variáveis sociodemográficas e verificar se há diferença no nível de motivação em relação ao tipo de droga e ao local de internamento.